MDA - Modelo de Discipulado Apostólico


"NÃO COMUNIQUEIS COM AS OBRAS DAS TREVAS, MAS CONDENAI-AS". Efésios 5:3-12

Alguns assembleianos (assembleianos?) ficaram irritados comigo, recentemente, quando afirmei, ao responder a uma pergunta, que o MDA (Modelo de Discipulado Apostólico) é muito parecido com o G-12 e o M-12 (MIR). Mas não há nenhum exagero nessa afirmação! Se eu disser, por exemplo, que doberman, pitbull e pastor alemão são nomes de raças caninas diferentes, estarei mentindo? E, se eu afirmar que Ford, Fiat e VolksWagen são marcas de carros que possuem motor, quatro rodas, bancos etc., estarei faltando com a verdade?
O mesmo se aplica a G-12 (criado pelo colombiano Cesar Castellanos, em 1983), M-12 (iniciado por Renê Terra Nova em 2005, quando este se desligou oficialmente da “cobertura” de Castellanos, mas deu continuidade ao seu modelo) e MDA, criado por Abe Huber, em 1999, quando, supostamente, “Deus lhe revelou de uma forma sobrenatural como funcionaria esse modelo”. Esses três modelos, na prática, têm a mesma essência e priorizam o crescimento numérico, apresentando às pessoas uma mensagem pragmática e utilitarista. Pregam o que as pessoas querem ouvir, e não o que elas precisam ouvir. E empregam o mesmo “pacote herético”.
Aliás, o próprio líder do MDA — modelo que é o irmão mais novo do G-12 — declarou: “Estudando os diferentes modelos de igreja em células, observando-os de perto e gastando tempo com os líderes envolvidos em sua prática, encontramos vários bons modelos, como o […] ‘Modelo do Governo dos 12’, do pastor Cesar Castellanos, da Colômbia. Todos eles são bons e funcionáveis nos contextos em que são aplicados, para aqueles que seguem seus princípios. Contudo, acreditávamos que Deus tinha algo específico para nós, com as nossas cores e nossa cara, capaz de florescer nos mais diferentes ambientes em que houvesse receptividade para o seu desabrochar. Queríamos algo adaptável, prático, descomplicado” (HUBER, Abe. A importância da igreja local na visão do MDA, publicado por Josué Vasconcelos no site Scribd [este artigo também está disponível em vários outros sites]).
Note: a despeito de o G-12 não ter a “cara do Brasil”, ele foi elogiado e chamado de bom modelo pelo líder do MDA. Nenhuma referência crítica foi feita ao “pacote herético” do gedozismo. Por quê? Porque no MDA também existem os famosos “pré-encontros”, “encontros” e “pós-encontros”, a “escada do sucesso”, formada pelos degraus ganhar, consolidar, edificar, treinar e enviar etc. Nos três modelos, ainda, são empregados “decretos” para obtenção de salvação, prosperidade etc. Exemplos: “Eu decreto que o Paraná é do Senhor Jesus”, “Eu decreto a sua prosperidade”, “Vai decretando a salvação da sua família”.
Portanto, prezado leitor, qualquer semelhança não é mera coincidência! E o que precisamos, mesmo, para que haja um reavivamento, é priorizar a Palavra de Deus. Os crentes devem ser incentivados a frequentar a Escola Bíblica Dominical e a participar dos cultos de ensino das Escrituras. As grandes igrejas devem promover escolas bíblicas anuais, incentivando o povo do Senhor a ter a Bíblia como a sua regra de fé, de prática e de viver. Chega de show! Sabemos que a música é importante; até Jesus cantou um hino! Não nos esqueçamos, porém, de que dois terços do seu ministério foi dedicado ao ensino da Palavra! Que Deus nos guarde, a fim de que permaneçamos no verdadeiro Evangelho (1 Co 15.1,2) e não nos apartemos da “simplicidade que há em Cristo” (2 Co 11.3).
Por Ciro Sanches Zibordi

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